Falando de algúem ...

... Não cito nomes, cito faces... nada de histórias mal feitas, conto fases, fatos...

Uma coisa inédita para mim é falar do meu "Eu", falar dos outros é sempre fácil, mas quando se trata de mim, tudo se embola, rebola, e nada se faz...

Mas vamos lá, eu sou.. sou.. sou como dizem: uma Incógnita, um mistério a ser desvendado, sou alguém que procura algo que não sabe ao certo ainda o que é.

Vivo bem, com pessoas mal humorada, mas bem. Passo vergonha numa boa, até porque já me acostumei com isso, tenho manias, e vícios considerados ruins, sou criança e tenho orgulho disso.

Mas assim como todo adolescente normal, me sinto mal as vezes, tenho ódio às vezes, medo, rancor, mas vivo alegre, eu escolhi a alegria como meio de escape, como forma de alivio. Quanto mais magoada eu estou, quanto mais triste fico, mais eu brinco, mais eu pirraço, mais eu extravaso!

Sou do tipo que busca a alegria no sorriso dos outros, não suporto caras tristes, por mais que o triste mereça estar... se pudesse seria a fórmula do riso para ,quem sabe, nunca sofrer.

Como todo lado tem seu oposto, eu sou o oposto dos meus pais, parece que quanto mais alegre eu demonstre estar, mais pra baixo eles me jogam, como eu funciono ao contrario, isso se reverte em risos e sorrisos.

Seria comum alguém chorar por uma represália, ou por um "chega pra lá"... mas infelizmente ou felizmente eu sou o oposto... tá legal que na hora eu sofro, choro, me desmantelo toda, mas passados alguns minutos, a risada come solta de novo!

Um dia, talvez, as pessoas aprendam que eu sou normal, que mesmo assim com esse ar de que tudo posso, sou inferior a uma criança, e que com todos os meus muitos defeitos, eu vivo bem!

Queria poder passar 24 horas sem ouvir uma palavra travessada dos meus pais, dos amigos nem tanto, mas para mim o que mais machuca é ver as pessoas que lhe ensinaram tudo, que lhe deram a vida, que lhe educaram, serem sarcásticos e prepotentes apenas por serem pais, ver esses que deveriam lhe proteger apenas lhe critica... mas é assim a vida... Ao menos a minha!

(Karolina Macêdo)