Fases...

Todos passamos por elas... independente de sermos jovens, velhos, crianças... Hoje vou contar um pouco de uma amiga, amiga essa que vive essas fases tão intensamente que, às vezes, perde o próprio fôlego... Não cito nomes, vou chamá-la apenas de amiga.

minha amiga é uma pessoa centrada, espontânea aos olhos dos outros, mas sensível, ao ponto de não saber exactamente quais caminhos tomas, que rumo seguir. A tempos venho notando que ela não é mais a mesma, que a cada dia que passa vem mudando, as vezes positivamente, outras não, ás vezes ela demonstra uma alegria tão superficial que nem aparenta estar feliz, outras vezes ela ri com uma veracidade no olhar que convence a todos de que é a pessoa mais feliz do mundo...

Minha amiga, desde sempre foi mimada, sempre teve aos pés tudo o que quis, e, talvez, por isso hoje não seja levada à sério, talvez por isso, ou não. Ela aprende, sempre aprendeu rápido, sempre fez o máximo para mostrar pra quê veio, e mesmo assim, ainda segue mal interpretada.

Minha amiga aprendeu a não fugir dos medos e temores, aprendeu a não forçar amizades, a não exigir amores, a não desperdiçar um dia, aprendeu a enfrentar de cara uma briga, a ter orgulho próprio, a saber ouvir um não. Acho que por isso sou amiga dela!

Minha amiga é única, acho que sou a única amiga que ela tem, apesar de viver rodeada de pessoas, ela passou a desacreditar no sentimento humano, passou a ver que William Shakespeare não mentiu quando disse que "se leva anos se para construir confiança e apenas segundos para destruí-la"... aprendeu que "amizades" vem e vão, que amores passam, que folhas caem e o vento as leva.

Minha amiga tem uma sede por coisas novas que poucos entendem, ela busca a vida assim como o ar que respira, não se prende a ilusões e não cobra compreensão de ninguém, ela descobriu com a vida que não necessariamente é preciso expor-se, mas às vezes, impor-se diante do que deseja...

Tenho tanto orgulho dessa amiga, que se pudesse, seria como ela, ou melhor, apenas por saber que a vida me compreenderia, mesmo que o resto da humanidade me desse as costas.

Para encerrar, um pouco de cultura:

"a única verdade é que vivo.Sinceramente, eu vivo.Quem sou?Bem, isso já é demais...." (Clarice Lispector)